Flor de Maracujá
O nome maracujá teve origem da língua tupi “Mara Kuya” – comida de Kuya ou alimento na Kuya – pois ao ser fatiado ao meio, forma um “prato”.
Fruta nativa da América do Sul, era muito apreciada pelos índios. Ao conhecer a utilidade culinária do fruto e as propriedades medicinais da planta (servia de medicamento natural), os colonizadores levaram suas sementes para a Europa.
No hemisfério norte a fruta é também conhecida como “fruto da paixão” por causa de sua flor que possui cinco pontos avermelhados ou roxos em suas cinco pétalas, que em alusão à Paixão de Cristo, foi utilizada pelos colonizadores portugueses para levar os ensinamentos de Cristo.
Fruto de uma planta trepadeira, também conhecida como Maracujazeiro, possui mais de 150 variedades de tamanho e cor, porém, os mais conhecidos são: maracujá mirim, maracujá melão, maracujá guaçú, maracujá do igapó e maracujá comprido.
O maracujá doce lembra um pequeno mamão papaya e costuma ser mais caro por causa da menor oferta. A época mais fácil de encontrá-lo é em janeiro e fevereiro. O maracujá roxo tem menor acidez que o amarelo, mas é menos encontrado no mercado por se desenvolver em locais mais frios e tem o pico de colheita entre janeiro e março.
Apesar de possuir diversas espécies, o maracujá azedo representa 95% dos pomares de produção comecial. Nas regiões quentes do Brasil, sua produção é quase interrupta, garantindo a oferta durante todo o ano. Sua produção está concentrada no Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
Fonte de vitamina A, C e complexo B, também contém boa quantidade de sais minerais como ferro, cálcio, sódio e fósforo.
O fruto tem como característica a casca grossa e amarela em seu exterior e a polpa formada por sementes pretas, envoltas de uma substância amarela translúcida, ligeiramente ácida. A polpa geralmente é a parte mais consumida como suco, sorvetes, tortas, pudins, geléia, compotas, xaropes ou batida com bebidas alcoólicas. Também se pode utilizar a polpa em pratos salgados, como em molho de peixes, ou para marinar carnes. Pode ser congelada in natura por cerca de seis meses.
A casca do maracujá pode ser aproveitada em forma de farinha, sendo um excelente bloqueador de gordura, pois impede que o organismo absorva parte dela. A substância presente na casca que tem esse poder é a pectina, que também reduz a velocidade da entrada do açúcar, estendendo a sensação de saciedade.
Alguns calmantes são feitos a partir de uma substância encontrada nas folhas e no galho da planta, que tranquiliza e causa sonolência. Acredita-se que o suco da polpa pode ter ação tranquilizante, com alivio de ansiedade, nervosismo e insônia.
Para escolher um bom maracujá, ele deve ser pesado em relação ao seu volume, não pode apresentar manchas escuras ou rachaduras. A fruta encontra-se madura quando cede à pressão dos dedos (sem que se rompa a casca) ao ser pressionado no extremo oposto ao cabo. No caso do maracujá azedo, quando se encontra com a casca enrugada, significa que está bem maduro, já o maracujá doce deve ter a casca lisa e brilhante.
Pode ser conservado durante vários dias em ambiente fresco e seco ou na geladeira, pois a polpa fica bem protegida por sua casca ser grossa. Já quando a casca encontra-se enrugada, aconselha-se guardar na gaveta da geladeira.
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